22.3.12

Poema Mórbido

Nem o espelho me reflete
O fogo não me queima
Minhas cinzas não são pó


Eu sou o seu maior temor
A escuridão no fim do túnel
Mesmo de uma vida em preto e branco


Ninguém me toca, me chama
Mas há alguns que já imploraram-me pelo fim de uma vida já sepultada.
De que adiantas morrer de uma inexistência?!


Eu sou o negro
O frio
Mais do que isso
Sou a morte
O fim.

4 comentários:

  1. Seus poemas são realmente muito bons Carime! Gostei dessa última estrofe. Coloque mais que irei ler hahaha

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  2. Muito obrigada Higor... bom incentivo! Também quero ler algum seu! hahahah

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  3. Cabeça
    A morte te desespera.
    A mor te desperta.

    São sempre seus olhos
    que entendem as pessoas
    mas você mesma não se entende.

    Aquelas ideias
    não podem esperar.
    Essas ideias
    não podem mais
    serem escritas nem ditas.

    Aquela sua vida
    precisa respirar um pouco
    precisa sofrer,
    sangrar,
    sentir dor.
    Mas seu pensamento
    nunca vai precisar se machucar
    nem se cortar.

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  4. esse seu poema foi de uma sensibilidade.. muito bem escrito Higor. Aliás, concordo mt com a mensagem; parabéns mesmo!

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